Thread para Twitter: Entenda a crise que o Amapá enfrenta há mais de duas semanas
Giovanna Licursi e Maria de Lara
1º: Entenda a crise que o #SosAmapá enfrenta há mais de duas semanas. Segue o fio:
2º: Na noite do dia 3/11, um incêndio atingiu o transformadores 1 e 2, responsáveis pela distribuição de energia na subestação de energia de Macapá, pertencente a LMTE (LInhas de Macapá Transmissória de Energia).
3º: O incêndio danificou toda a unidade e sua causa ainda é desconhecida. Por isso, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), órgão que monitora o fornecimento de energia no país, abriu uma investigação que pode durar até 30 dias.
4º: Isso acarretou em um apagão que atingiu 13 das 16 cidades do estado, deixando 89% de seus habitantes sem a mínima estrutura para enfrentá-lo. Mas, qual o planejamento do Governo para solucionar esse problema?
5º: Após 48 horas sem energia elétrica, a prefeitura de Macapá, capital do estado, declarou estado de calamidade pública por 30 dias, alegando dificuldade para comprar itens básicos de sobrevivência. Assim começam as dificuldades para a população:
6º: Sem luz, quase nada funciona direito. O acesso à internet e telefonia ficou limitado. As pessoas não têm água encanada, não há gelo, e cozinhar ou tomar banho se tornou complicado.
7º: Como não há possibilidade de tirar dinheiro nos bancos ou comprar com a máquina de cartão, fazer compras é quase impossível e enquanto isso os supermercados aumentam o preço da água mineral para lucrar
8º: Também há relatos de pessoas passando mal com o calor insuportável na região, sem acesso a ventilador ou ar condicionado. Uma situação completamente caótica está formada.
9º: Confira agora um panorama de acontecimentos importantes das últimas semanas:
10º: No dia 6/11, o Governador do Estado Waldez Goés decretou Estado de Emergência por 90 dias e o Ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque disse que o reestabelecimento total de energia é complexo e deve demorar 10 dias, enquanto isso a população começa protestar.
11º: No dia 7/11, algumas cidades do estado começaram a receber energia elétrica parcialmente, com um rodízio de turnos de 6 horas. Os habitantes continuam exigindo o retorno integral do fornecimento de energia elétrica e isso não acontece.
12º: No dia 11/11, o Ministério de Minas e Energia anuncia que aumentou em 80% a distribuição para o Amapá.
Em 12/11, o TSE adiou as eleições municipais em Macapá. Agora o 1º turno será no dia 6/12 e o 2º turno, se houver, se realizará no dia 20/11.
13°: No dia 13/11, a justiça estipulou uma data limite para normalizar o sistema elétrico e o fim do rodízio: 25 de novembro.
No dia 15/11, com exceção de Macapá, as cidades vão às urnas com o fornecimento integral de energia, sem rodízio.
Mesmo assim, nada foi resolvido ainda.
14º: No dia 16/11, balsas com 45 geradores termelétricos chegam ao estado para reestabelecer 100% a energia.
No dia 17/11, um novo apagão acontece e agora 13 cidades que já estavam com fornecimento fracionado ficam sem luz. O ministro de Minas e Energia fala que vai ao Estado
15º No dia 18/11, a Eletronorte, empresa responsável pela ativação da energia térmica através dos geradores, devem começar a funcionar no sábado (21).
16º: No mesmo dia, o governador Waldez Goés decretou Estado de Sítio em todo o estado como medida para conter as manifestações. Não é mais permitido atividades políticas em locais públicos e nem se locomover na cidade após às 22h.
17°: Em meio a uma situação gravíssima, as medidas do governo acontecem em passos lentos para o reestabelecimento da energia elétrica e dignidade dos cidadãos que estão lidando com a truculência da polícia em meio aos protestos e a violação de seus direitos.
18º: Enquanto pessoas de outras regiões do país, é preciso estar atento ao que o estado do Amapá e sua população estão enfrentando. Algo que não está sendo pautado como deveria pela mídia hegemônica e tradicional.
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