Eleições municipais em pandemia: o que muda?
Por Ana Paula Freitas e Lyvia Fernandes
Em 2020, as votações municipais ganharam uma nova preocupação, em um cenário pandêmico devido ao COVID-19, a vidas das pessoas tiveram de ser replanejadas, inclusive o método tradicional de eleição.
No Brasil todo já foram computados 164,514 mil mortes pelo vírus, o que é preocupante e afeta diretamente nas urnas. Em diversas cidades brasileiras muitos candidatos tiveram de cancelar suas programações, além de reduzirem visitas a casas para apoio a campanha. Na cidade de Goianá, no interior de Minas Gerais, carreatas e comícios tiveram de ser cancelados de última hora, devido ao aumento no número de casos.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, afirmou recentemente que não se pode dizer que haverá uma “segurança absoluta” em relação à covid -19 na votação, por se tratar de uma doença causada por um vírus que se propaga facilmente. Segundo ele, a única medida 100% eficaz seria não haver eleições. Porém, o TSE descarta adiar a votação para 2021, por avaliar que não há garantia de que a situação da pandemia estará melhor até lá.
Para a segurança de todos foram estipuladas algumas medidas:
Serão disponibilizados para os mesários: 1 garrafinha de álcool em gel, 3 máscaras e um face shield para cada um deles, cada seção vai ter uma garrafa de álcool líquido para a limpeza das mesa, canetas e etc. Além disso, terão marcações no chão para separar as pessoas na distância de 1 metro na fila, e o recomendado é cada um levar a própria caneta.
No Rio, a prefeitura atuará juntamente com a Guarda Municipal, com 960 agentes em apoio ao TRE no primeiro turno das eleições. Ao todo 520 guardas vão atuar em 141 locais de votação, com realização de ordenamento urbano, fiscalização de trânsito, impedindo aglomerações e agindo se for necessário.
O cenário pandêmico reflete também no resultado das urnas, uma vez que muitos idosos - grupo não obrigatório ao voto, dizem estar com medo de saírem de casa. Milton Peroni, aposentado de 82 anos se diz preocupado: “ Gostaria muito de deixar meu voto ao meu candidato, mas como já tive pneumonia fico com muito medo de me expor ao risco.”
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