TRANSformação na política brasileira: A representatividade trans nas eleições municipais de 2020

 Por Marco Ferreira


Fonte: reprodução da internet

Quão importante é a representatividade LGBTQ+ na política brasileira? É com esse questionamento que discutiremos a importância da representatividade nos cargos políticos, para defender nossos interesses e ideais. Para muitos, para defender nossos sonhos e recarregar nossas esperanças de um mundo melhor. Imagina viver sem representatividade trans no país que mais mata mulheres transexuais no mundo? 


O Brasil é o país que mais mata LGBTQ+ no mundo, principalmente mulheres transexuais e travestis. Em setembro deste ano, o país registrou 129 assassinatos de mulheres transexuais e travestis, de acordo com os dados atualizados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Os dados revelam um crescimento de 70% comparado aos anos anteriores e isso se dá ao fato da inexistência de políticas públicas de inclusão social e da falta de representatividade trans nas instituições políticas para tomada de decisões.



Eleições municipais


Em uma eleição histórica, 30 candidaturas trans foram eleitas no último domingo, 15. De acordo com a Antra, 294 mulheres transexuais e homens trans candidataram-se nas eleições municipais esse ano. Os números revelam um aumento de 262% de pessoas trans eleitas em relação a 2016, ainda de acordo com a Antra. Esses dados revelam o aumento da participação das e dos transexuais em uma oportunidade antes muito distante e minimamente ofertada, e pela primeira vez em anos, as candidatas e os candidatos foram autorizados utilizar o nome social.


Segundo as informações oficiais do Antra, foram eleitas 16 candidatos da esquerda, dos partidos PSOL, PT, PDT, PV e PSB; 11 pelo centro, dos partidos DEM, PODE, PROS, AV, MDB e PSDB; e 3 da direita, REP, RL e DC. Ao todo foram eleitas 28 mulheres transexuais e travestis e 2 homens trans.


Em São Paulo, a Erika Hilton (PSOL), primeira transexual negra eleita vereadora da capital, e o Thammy Miranda (PL), foram 2 dos mais votados de 10 eleitos na maior metrópole do país. Em Belo Horizonte, a professora Duda Salabert (PDT) foi a primeira vereadora transexual eleita com maior números de votos. 


A lista de todas e todos eleitos pode ser conferida através do site oficial da Antra.

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